A taurina é considerada um aminoácido não essencial, mas pode ser também considerada como essencial em algumas etapas ou condições da vida como na infância e etapas de treino intenso. De facto, apesar de não formar parte das proteínas, é muito importante para o equilíbrio e a saúde do corpo humano.
Trata-se de um aminoácido enxofrado com grande poder antioxidante. A sua síntese se realiza a partir dos aminoácidos metionina e cisteína em presença da vitamina B6.
Depois da glutamina, a taurina é um dos aminoácidos em forma livre mais abundante. Encontra-se em todo o corpo, especialmente nos músculos, coração, órgãos, cérebro, plaquetas e retina. Desempenha um papel fundamental na digestão, ao formar parte dos sais biliares (necessários para a absorção das gorduras e vitaminas lipossolúveis), atua como neurotransmissor e estimula o sistema imunológico. Também, é chave para a manutenção das membranas celulares, está muito envolvida na regulação do volume celular, equilíbrio de sais, água e pH. Além disso, favorece a desintoxicação do organismo, o correto funcionamento da retina ocular e do coração.
Ao contrário do que se pensa, a taurina não tem efeitos estimulantes sobre o sistema nervoso. Em seu lugar, exerce um efeito similar ao GABA mas menos intenso; favorecendo a relaxação do sistema nervoso central e contrabalançar o efeito da adrenalina. O efeito estimulante das bebidas energéticas não provém da taurina, senão do elevado teor de cafeína que estás contêm.
Os níveis de taurina no corpo diminuem com o passar dos anos e normalmente são mais baixos em pessoas de idade avançada. A carência de taurina tem sido associada com transtornos do sistema nervoso central, cálculos biliares, cardiomiopatia, degeneração macular, dificuldades digestivas e neuromusculares.
- As fontes naturais de taurina são os produtos proteicos como as carnes (novilho, porco, aves…), pescada, mariscos, laticínios, ovos e dentro dos alimentos vegetais os frutos secos, legumes, algas ou a levedura de cerveja.
Benefícios da sua contribuição
Rendimento e atividade física.
A taurina apresenta um efeito insulino-mimético, ou seja, é capaz de estimular a entrada de nutrientes no interior das células (especialmente carboidratos e proteínas), aumentando as reservas de glicogénio e reduzindo a glicose no sangue.
A taurina melhora o rendimento desportivo, já que facilita a transmissão de impulsoa nervosoa. Age como protetor muscular (especialmente em situações de stress e treino intenso) e inclusive chegou-se a observar que pode reduzir o risco de lesões. Além disso, favorece a síntese proteica e o aumento da massa muscular, especialmente nas fibras rápidas.
Os desportistas de resistência também podem beneficiar-se do consumo de taurina, pois favorece a reposição dos depósitos de glicogénio gastos durante os treinos ou competições. Também resulta útil durante a fase de carga de glicogénio.
Não devemos esquecer que, a taurina exerce um efeito antioxidante e protetor frente a diferentes agentes como bactérias, vírus ou químicos. Mantém a membrana celular em bom estado e estimula as células do sistema imunológico.
Efeitos à saúde.
Diferentes estudos demonstram o seu efeito cardioprotetor. Ao mesmo tempo, o seu consumo reduz o efeito da angiotensina, proteína responsável da pressão arterial elevada. O seu consumo junto com antioxidantes reduz a degeneração da retina e também é especialmente importante para as pessoas vegetarianas.
A taurina desempenha um papel importante em casos de diabetes, reduzindo a resistência ao efeito da insulina e atuando sobre a expressão dos genes envolvidos na sua síntese. O seu consumo ajuda a controlar a glicose no sangue e apresenta efeitos benéficos, nomeadamente o seu efeito antioxidante, osmorregulador e anti-inflamatórios. Inclusive alguns estudos chegaram a descobrir que também exerce um papel protetor contra afeções típicas nestes pacientes como retinopatias, nefropatias ou cardiopatias (atua como antiagregante plaquetário e reduz os lípidos no sangue, a formação de placa de ateroma e a pressão arterial).
Outras indicações incluem a insónia, a depressão, alterações da personalidade, epilepsia ou a redução de transtornos produzidos pela síndrome de abstinência alcoólica.
Dosagem
As doses habituais estão entre 1 e 3 gramas ao dia. Pode-se realizar uma só toma ou repartir em diferentes tomas em função dos objetivos e necessidades.
Para a carga de glicogénio realiza-se 3 tomas de 0,5- 1 gramas.
Precauções
A taurina é geralmente bem tolerada e segura. Não há dados de possíveis efeitos secundários empregando as doses convencionais e o nível de segurança sem efeitos secundários observados é de 1g /kg de peso ao dia, no entanto, em caso de sofrer alguma doença, durante a gravidez ou período de lactação aconselha-se consultar com o seu médico antes de começar a suplementação com taurina.

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