Não é a primeira vez que no A Tua Melhor Versão explanamos que as dietas devem ser personalizadas, em função do peso, estatura, idade, sexo, atividade física, etc. E agora, também em função dos teus genes?
Cada dia entram na moda novas dietas, no entanto, a nutrigenómica é muito mais que uma dieta, já que permite adequar a alimentação em função do nosso mapa genético. É, sem lugar a dúvidas, o futuro da individualização dietética.
Hoje vamos abordar um pouco mais sobre esta nova visão de nutrição, a nutrigenómica.

☛ Alguns nutrientes podem influenciar a atividade e a função dos genes. ☛ A dieta incide sobre a saúde e pode chegar a ser um fator de risco para certas doenças crónicas. ☛ As variações individuais do genótipo (composição genética de um indivíduo) reagem às intervenções dietéticas específicas, havendo a possibilidade de tratar e prevenir o desenvolvimento de doenças crónicas. |
Em que se baseia a nutrigenómica?
A nutrigenómica é a ciência que estuda o impacto dos nutrientes nos nossos genes, identificando os nutrientes da dieta que exercem efeitos benéficos ou prejudiciais à saúde.
Tudo parece ser revolucionário e futurista, mas na verdade é que o conceito de interação dos nutrientes na genética não é recente; Já em meados do século XX se conheciam doenças monogénicas como a fenilcetonuria ou a galactosemia, derivadas de erros congénitos do metabolismo.

Atualmente continuam as investigações e o conceito de nutrigenómica está no cimo da revolução sanitária do novo milénio.
Parece não existir ainda bases universalmente aceitáveis para difundir consensos sobre intervenções nutrigenómicas. No entanto, vão surgindo exemplos de doenças crónicas que se poderiam tratar ou prevenir, segundo estudos realizados como a hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, a obesidade ou o cancro.
Um ponto importante da nutrigenómica é a identificação de marcadores de predisposição genética que possam ser detetados nas fases prematuras da doença, inclusive antes que se manifestem sinais da mesma. Nesta fase, a intervenção nutricional teria a sua eficácia máxima.
Com o desenvolvimento da nutrigenómica, também se poderá demonstrar em profundidade a efetividade dos alimentos bioativos, o que levaria ao desenvolvimento de melhores alimentos funcionais que possam ajudar a conservar a saúde em base às necessidades individuais.

Em conclusão, uma dieta realmente personalizada deve ser em base ao estado nutricional, as necessidades consoante a idade, a atividade física, a composição corporal e também ao genótipo. Para chegar a isso, deve-se avançar nas investigações da nutrigenómica e apostar decisivamente na nutrição. E vocês, o que acham da nutrigenómica?

Biólogo espicialista em Nutrição, Dietética e Cuidado Personal.
O nosso biólogo especialista em nutrição e fitoterapia, brilha pela sua natureza curiosa e não conformista. Tem licenciaturas da Universidade Complutense de Madrid, Universidade de Valencia, Universidade Rey Juan Carlos, Universidade Antonio de Nebrija e ESIC. Alberto mantém sempre o foco na investigação, desenvolvimento e inovação na indústria farmacêutica e alimentar para estar na vanguarda do sector.