O metilsulfonilmetano ou MSM é um composto natural que fornece moléculas de enxofre, também recebe o nome de dimetil sulfona (DMSO2). O MSM é a forma oxidada do dimetil sulfóxido (DMSO). O MSM junto com o dimetil sulfóxido, são formados a partir do sulfeto de dimetilo (DMS) com a presença de ozono e luz ultravioleta, passam à atmosfera e depois regressam ao solo graças à água da chuva, sendo captados pelas plantas através das suas raízes. O MSM se encontra de forma natural no corpo humano como resultado da metabolização do dimetil sulfóxido (DMSO) ou do MSM ingerido através dos alimentos. Para a sua obtenção a nível comercial, o MSM pode ser sintetizado diretamente a partir do dimetilsulfóxido.
O MSM é considerada uma substância antioxidante e uma fonte de enxofre, constituindo cerca do 34% do seu peso. Estudos em modelos animais indicam que se absorve rapidamente e com facilidade. Elimina-se praticamente por completo no transcurso de umas 120 horas após o seu consumo, principalmente pela urina.
O átomo de enxofre que contém o MSM pode ser utilizado para sintetizar os aminoácidos metionina, cisteína ou taurina. Outras moléculas importantes que contêm enxofre são o ácido alfa lipoico, SAMe, coenzima A ou o glutatião, todas elas sintetizadas a partir do aminoácido metionina. O enxofre também é necessário para a eliminação de resíduos tóxicos e drogas do organismo.
O enxofre é necessário para a síntese dos glicosaminoglicanos que formam parte da cartilagem. Os glicosaminoglicanos se unem mediante ligações de sulfeto, contribuindo para a resistência e firmeza da cartilagem. O enxofre também é necessário para a formação do tecido conjuntivo como os tendões ou os ligamentos.
O MSM é encontrado de forma natural, embora em quantidades muito pequenas, em grãos (milho), frutas, vegetais (alfafa, tomates), café, chá e especialmente no leite. Também podemos encontrar o seu precursor DMSO nos mesmos alimentos.
Benefícios da sua contribuição
Ossos.
A osteoartrite é uma doença degenerativa que afeta às articulações, causando dor e reduzindo progressivamente a mobilidade articular. O MSM utiliza-se só ou em combinação com outros ingredientes para a proteção das articulações. Chegou-se a observar que as articulações afetadas pela osteoartrose costumam conter menos teor de enxofre do que as articulações saudáveis.
O MSM reduz a dor, melhora a função articular e reduz a inflamação, mas parece que não diminui a rigidez. O consumo de MSM em combinação com glucosamina parece ser mais eficaz.
O MSM atua como um analgésico natural e tem poder anti-inflamatório, já que inibe a síntese de prostaciclinas e altera o metabolismo dos eicosanóides. Além disso, o MSM pode inibir a translocação da subunidade de fator nuclear (NF)k-β até o núcleo, reduzindo os mecanismos associados à inflamação local e sistémica. Entretanto, o MSM pode reduzir a expressão das citoquinas, aumentar a capacidade antioxidante através da enzima glutatião e reduzir a formação de radicais livres.
Estudos realizados em modelos animais parecem indicar que o consumo de suplementos de MSM pode reduzir a degradação da cartilagem articular.
O consumo de MSM reduz a necessidade de consumir anti-inflamatórios em pacientes com osteoartrose.
Atividade física e desporto.
Fazer exercício físico acelera a produção dos radicais livres e aumenta o stress oxidativo. Durante a realização de exercício físico intenso a produção de radicais livres pode superar a capacidade antioxidante do corpo. No entanto, o consumo de MSM (50 mg/kg/dia) reduz o dano muscular a curto prazo e a longo prazo também mostrou ser efetivo reduzindo o stress oxidativo.
O MSM acelera a recuperação e reduz a dor muscular derivadas dos treinos intensivos. Também parece reduzir ligeiramente a fatiga muscular, aumenta a capacidade antioxidante do corpo, reduzindo ao mesmo tempo a concentração de homocisteína.
Devido à implicação do enxofre na formação do tecido conjuntivo, o MSM pode servir como fonte de enxofre durante a recuperação de lesões como tendinites. O MSM em combinação com outros ingredientes como a bromelaína ou a arginina, mostrou ser efetivo reduzindo a dor pós-operatória do manguito rotador e poderia melhorar a recuperação.
Outros benefícios.
O MSM tem poder antioxidante, anti-inflamatório, mostrou ser efetivo no alivio da cistite intersticial, na prevenção de algumas doenças autoimunes e pode proteger frente a substâncias químicas que poderiam produzir cancro (estudos in vitro com animais). Embora haja ainda poucos estudos, os já realizados em humanos sobre o consumo de MSM para aliviar os sintomas da rinite alérgica estacional, vulgarmente chamada febre dos fenos ou polinose, foram satisfatórios.
Dosagem
Também existem referências de recomendações em relação ao peso corporal, concretamente (0.06 g/kg/dia).
Na redução do dano oxidativo, prevenção do dano muscular ou redução da fatiga como consequência da realização de exercício físico, doses de 3 gramas ao dia produzem um efeito maior do que doses de 1.5 gramas.
Para o alívio da rinite alérgica foram utilizadas doses de 2.600 mg/dia durante uns 30 dias, os efeitos começaram a ser notáveis a partir da terceira semana de consumo.
Alguns estudos recomendam doses de 4-6 gramas ao dia e chegou-se a fazer uso de doses de até 20 gramas ao dia em alguns estudos, embora não seja recomendável superar os 6 gramas ao dia.
Precauções
O consumo de MSM considera-se seguro e foi bem tolerado nos estudos realizados. Também não há dados de interação com medicamentos ou outros ingredientes. Embora existam estudos sobre o seu consumo a longo prazo, convém realizar mais estudos para conhecer mais a fundo os efeitos da suplementação com MSM a longo prazo.
O MSM é um composto considerado como não tóxico e não tem efeitos secundários. No entanto, em alguns estudos independentes, surgiram alguns desconfortos leves no estômago, dor de cabeça, insónia ou fatiga devido ao consumo de MSM, porém, a maioria de estudos realizados não encontraram efeitos secundários.
Foram também realizados estudos de toxicidade em animais e os resultados sugerem que a margem de segurança do consumo de MSM é bastante alta, testou-se com cerca de 105-140 gramas ao dia, quase 23 vezes a dose máxima recomendada. Também realizou-se uma analise com doses agudas de 2 g/kg e o consumo prolongado de 1,5 g/kg em modelos animais e não foram observados efeitos secundários.

Equipa de nutrição
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