O manganês (Mn) é um mineral essencial para a saúde humana e a sua concentração tende a ser principalmente em tecidos nomeadamente as mitocôndrias, ossos, fígado, rins e pâncreas. O manganês é um componente que está envolvido no metabolismo dos aminoácidos, lípidos e carboidratos; e por tanto também na produção de energia. Do mesmo modo, também intervém na formação do tecido conjuntivo, ossos e função nervosa.
Uma das características mais importantes do manganês é que é necessário para a produção da enzima superóxido dismutase. Esta enzima tem um papel muito importante na neutralização dos radicais livres e na proteção contra o dano oxidativo. Esta enzima também protege as células contra a inflamação ou os tóxicos.
O manganês é considerado um mineral traço, já que o corpo humano o necessita em poucas quantidades, a pesar disso, estima-se que uma grande maioria da população consome quantidades demasiado baixas deste mineral. O manganês absorve-se em muito pouca proporção, estima-se que apenas o 6% do manganês que se consome é retido, e além disso, é rapidamente eliminado como mecanismo de proteção contra o excesso de manganês. No entanto, as dietas atuais tendem a consumir quantidades muito reduzidas de manganês, já que este está principalmente presente nas nozes, sementes, cereais integrais, legumes, verduras e hortaliças; e a dieta moderna tende cada vez mais a conter menos quantidade desses alimentos.
Também são fontes de manganês o chocolate, as nozes como já mencionamos, os crustáceos, moluscos e bebidas como o chá ou o café.
Importa referir que a carência de magnésio não é muito comum, mas a mesma está associada a problemas de atraso do crescimento, alterações da fertilidade, alterações metabólicas ou da pele. As pessoas epilépticas, diabéticas e com osteoporose são mais suscetíveis a apresentar carências de manganês. Em vários estudos de investigação, chegou-se a ver que as pessoas com doenças inflamatórias crónicas, como a artrite reumatóide, apresentam níveis reduzidos de manganês e os sintomas podem ser reduzidos com a suplementação do mesmo mineral.
O manganês pode ser adicionado aos alimentos e complementos alimentares, está disponível em forma de sais como o carbonato de manganês, sulfato de manganês ou cloreto de magnésio; mas crê-se que a sua maior absorção consegue-se com a forma quelada como o aspartato, picolinato ou gliconato.
Benefícios da sua contribuição
Sistema ósseo e articular.
Devido à sua relação com a formação dos ossos e do tecido conjuntivo, tem sido empregado em produtos para a proteção articular. O manganês foi utilizado em estudos controlados em mulheres pós-menopáusicas em combinação com outros minerais como o zinco ou o cálcio para melhorar a densidade mineral óssea.
Do mesmo modo, as pessoas com artrite costumam ter os seus níveis de superóxido dismutase reduzidos, e em teoria uma entrega extra de manganês poderia ser benéfica, embora haja dados experimentais que demonstram que pode tratar a osteoartrite. Em contrapartida sim há um estudo que analisa o consumo de manganês em combinação com glucosamina e condroitina, que mostrou reduzir a dor.
Proteção contra o dano oxidativo.
A suplementação com manganês aumenta os níveis de superóxido dismutase, sendo assim, situações que implicam um alto grau de dano oxidativo como o consumo de álcool ou exercício físico intenso podem atenuar com o consumo de manganês.
Metabolismo da glicose.
As pessoas com diabetes costumam ter níveis baixos de manganês no corpo e o consumo de manganês mostrou poder melhorar a tolerância à glicose em caso de Diabetes tipo I.
Outros benefícios.
Estudos realizados sugerem que o manganês poderia ser útil no combate da síndrome pré-menstrual, reduzindo as alterações do estado de ânimo ou as cãibras.
Dosagem
Não foi estabelecida uma dose concreta para o consumo de manganês, no entanto, considera-se como ingestão adequada entre 2-5 mg de manganês ao dia.
O equilíbrio corporal de manganês é muito complexo e é afetado por fatores como o consumo de cálcio, ferro, fósforo ou fitatos. O índice de absorção e excreção do manganês se regula pelo seu consumo, aumentando a sua absorção quando há carências como medida de adaptação, e aumentando a sua excreção quando o consumo é muito elevado, resultando complicado poder realizar uma recomendação geral, já que uma determinada dose pode resultar em um equilíbrio positivo para algumas pessoas e para outras ser insuficiente devido a outros fatores que podem alteram a sua absorção ou aumentar a sua excreção.
Se o consumo for realizado com o estômago vazio a absorção de manganês melhora, e melhora ainda mais se for consumido de forma isolada e não em combinação com outros minerais como o cálcio ou o fósforo.
Precauções
O manganês se considera seguro quando consumido por via oral, de certo modo devido à sua baixa taxa de absorção e alta taxa de excreção. Considera-se seguro o consumo diário de até 11 mg ao dia. É muito raro que se produza um excesso de manganês, normalmente ocorre por vias de administração como a nutrição parentérica ou por inalação, embora o seu excesso tenha sido relacionado com alterações do estado de ânimo, aprendizagem ou défice da concentração.

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