O licopeno é também conhecido por All-Trans Lycopene, All-Trans Lycopène, Cis-Lycopène, Lycopène, Lycopenes, Lycopènes, Psi-Psi-Carotene, Psi-Psi-Carotène.
O licopeno é um carotenóide, ou seja, é uma substância química natural que dá a cor avermelhada às frutas e vegetais e que só se pode obter através da alimentação e da suplementação. Desde o ano de 2009 está autorizada a sua comercialização e emprego como complemento alimentar dentro da lista de novos alimentos.
Dentro dos carotenóides, o licopeno é membro da família dos carotenos, mas é um carotenóide não pró-vitamínico.
Apesar de ser um carotenóide sem atividade de pró-vitamina A, o licopeno apresenta ainda mais poder antioxidante e antimutagénico que o alfa-caroteno. É o melhor carotenóide antioxidante contra os radicais livres.
O principal alimento rico em licopeno é o tomate, mas também o podemos encontrar, embora em menos quantidade representativa nas melancias, nas toranjas rosas, nos damascos e nas goiabas. Um copo de sumo de tomate tem cerca de 23 mg de licopeno. O processamento dos tomates por calor, altera o licopeno a uma forma mais assimilável para o organismo e o mesmo sucede com a ingestão deste com os alimentos gordurosos, como o azeite.
O licopeno procedente dos suplementos alimentares, apresenta a mesma facilidade é de assimilação que o presente nos alimentos.
Benefícios da sua contribuição
O licopeno é um poderoso antioxidante. Atua como um poderoso neutralizador dos radicais livres (óxido e peróxido) atenuando os danos oxidativos sobre os tecidos. O poder antioxidante do licopeno, foi relacionado com a regulação do ciclo celular, produzindo uma regressão das lesões celulares, também foi relacionado com a sua atividade sobre o sistema imune, o seu efeito contra as doenças degenerativas e o envelhecimento (previne o envelhecimento prematuro e previne a formação de rugas entre outros fatores dermatológico).
Após diferentes estudos observou-se que o licopeno previne doenças cardiovasculares, diferentes tipos de cancro (próstata, mamas, pulmão, bexiga, ovários, cólon e pâncreas), luta também contra as infeções do vírus do papiloma humano (VPH), causador de quase a totalidade dos cancros de útero, mas não está ainda totalmente claro, necessita-se mais estudos para poder afirmar esta função.
Após diferentes estudos realizados com o licopeno acerca da sua função na prevenção de diferentes tipos de cancro, podemos dizer que há evidência científicas para fazer uma determinação sobre o seu efeito contra o cancro, mas os estudos mostram resultados contraditórios, em alguns casos vê-se claramente melhorias e noutros não se denotam diferenças, ainda assim, recomenda-se aumentar a ingestão de licopeno para proteger aos homens com um histórico familiar de cancro de próstata:
Observou-se também em alguns estudos melhorias significativas em casos pré-cancerosos, como um estudo realizado em homens com cancro de próstata, os quais mostraram, após a ingestão de 8 mg de licopeno diários (4 mg de licopeno duas vezes ao dia) que poderia prevenir ou em todo caso, atrasar a progressão até chegar a cancro de próstata. O seu poder antioxidante, foi demonstrado após diferentes estudos, especialmente destacado contra o cancro de próstata.
Há estudos com evidência científica demonstrada de que o consumo de licopeno através dos alimentos em quantidades de 12 mg/dia ou superiores para os homens e 6.5 mg/dia ou superiores para as mulheres, leva a uma redução do risco de cancro de pulmão nos homens não fumadores com idades compreendidas entre 40 e 74 anos e em mulheres não fumadoras entre 30 e 55 anos.
Por outro lado, existem investigações que mostram que uma dieta rica em carotenóides, especialmente em licopeno, parecem ajudar a prevenir o cancro de ovários nas mulheres pré-menopáusicas, não obstante, necessita-se mais investigações a respeito.
Investigações clínicas mostram que a toma de 4 a 8 mg/dia de um suplemento específico de licopeno, melhora de forma significativa a leucoplasia oral (manchas brancas pré-cancerosas que aparecem na boca).
Estudos realizados a mulheres com níveis altos de licopeno no sangue, parecem ser curadas mais rapidamente das infeções víricas do papiloma humano (VPH).
Há que destacar o seu efeito que previne as doenças cardiovasculares, em vários estudos chegou-se a ver que reduz os níveis de colesterol em forma de lipoproteína de baixa densidade (LDL)”colesterol mau”.
Previne também a síndrome de degeneração macular e as cataratas. Os carotenóides são antioxidantes de grande alcance, sendo de grande ajuda contra a retinopatia diabética. Devemos ter em conta que conforme foi observado em estudos com ratos, a diabetes diminui os níveis de luteína e de zeaxantina, quer no soro, quer na retina, sendo de especial relevância manter um nível elevado dos mesmos para prevenir esta patologia.
Sem esquecer a sua atividade durante a gravidez (previne a pré-eclâmpsia e o crescimento inadequado do feto).
Além disso, diz-se que melhora a qualidade do esperma e inclusive a asma.
Dosagem
A dose apropriada de licopeno depende de muitos fatores tais como a idade da pessoa, o seu estado de saúde e várias outras condições.
Embora não se tenha estabelecido uma dose diárias para este ingrediente, estima-se uma suplementação entorno aos 5-15 mg por dia. Concretamente em relação ao cancro da próstata, quantidades de 6,5 miligramas ao dia mostraram ser efetivas para ajudar a reduzir o risco.
Precauções
O licopeno é considerado seguro, tanto o licopeno procedente dos alimentos como o procedente dos suplementos.
Importa referir que, embora considere-se apropriado suplementar-se com licopeno para prevenir o cancro da próstata, recomenda-se evitar e o uso de licopeno em caso de diagnosticar cancro da próstata, já que certas investigações sugerem que pode agravar este cancro, embora há que destacar, que não está totalmente claro.
Chegou-se a observar que ao combinar licopeno com beta-caroteno, aumenta a quantidade de licopeno absorvido pelo organismo, sendo importante tê-lo em conta na hora de tomar um complemento. Além disso, tal e como mencionamos acima, a sua disponibilidade aumenta com o processamento, ao cozinhar com processo térmico, ou ao servi-lo em pratos ricos em azeite.

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