A inosina é um nucleósido que pertence ao grupo das purinas. Os nucleósidos são bases nitrogenadas e fazem parte da estrutura dos genes.
A inosina é sintetizada de forma natural no músculo cardíaco e esquelético. A inosina é precursora da adenosina, que por sua vez é componente estrutural do ATP (unidade energética do corpo). A inosina também joga um papel importante na síntese do 2,3 difosfoglicerato, necessário para o transporte de oxigénio desde os glóbulos vermelhos até as células.
Como consequência, a função da inosina no organismo é a de permitir o transporte de oxigénio até as células e ajudar na síntese de ATP. A inosina também intervém na função imune.
É encontrada de forma natural na carne (especialmente nas vísceras) e levedura.
A inosina ribósido hipoxantina (ribonucleósido da hipoxantina ou HXR) é uma forma mais ativa de inosina. A inosina está normalmente presente em complexos pré-treino que contribuem para o metabolismo energético.
Aplicações
A suplementação com inosina tem como objetivo aumentar a concentração de ATP no interior das células, melhorar a captação de oxigénio nas células musculares e acelerar a recuperação. O seu uso é habitual entre os desportistas de elite e físico culturistas de grande prestígio.
Após a ingestão de inosina produz-se ácido úrico. Em pequenas quantidades, o ácido úrico atua como antioxidante e tem um poder benéfico. Por esta razão, utiliza-se em algumas patologias como a esclerose múltipla. A inosina também emprega-se para o tratamento de patologias cardiovasculares como anti-arrítmico e como protetor em transtornos neurológicos.
Infelizmente, existem poucos estudos acerca da inosina e os que foram realizados não encontraram evidência acerca da sua efetividade. Necessita-se mais investigações, e também é possível que não se tenha estudado as circunstâncias, formas de consumo ou benefícios potenciais da inosina. Por exemplo, a maioria dos estudos forma realizados em desportos de resistência e não foram feitos estudos sobre desportos de força, potência, nem chegou-se a estudar o seu papel sobre o desenvolvimento da massa muscular. Importa referir que os estudos realizados utilizaram doses entre 5 e 10 gramas ao dia, enquanto que as recomendações habituais estão em 1-2 gramas antes do exercício físico.
Dosagem
As doses utilizadas durante os estudos estão entorno às 5 e 10 gramas ao dia. (5-10 mg /kg /dia). No entanto, as doses habituais e recomendadas pelos fabricantes são bastante inferiores, e estão entre 600 mg e 2 gramas, normalmente antes do desempenho físico.
Precauções
Doses de até 10 gramas não mostraram toxicidade. Embora as quantidades pequenas de ácido úrico parecem exercer um poder antioxidante, um excesso dos mesmos pode ter o efeito contrário, e além disso, aumentar o risco de sofrer gota. Por esta razão, a suplementação durante longos períodos de tempo ou em grandes doses, não está recomendada.
Não é aconselhável para crianças, mulheres grávidas ou em período de amamentação, assim como em pessoas com doenças renais ou hepática.

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