Existem vários mitos entorno da nutrição e hoje vamos falar sobre uns deles: a relação que existe entre o consumo de ovo e o colesterol.
Ovo
O ovo é um alimento de origem animal com grandes propriedades nutricionais e culinárias. É um alimento com uma boa qualidade proteica, uma proteína com um perfil em aminoácidos ideal para as necessidades do organismo e um elevado teor em ácidos gordos insaturados, com antioxidantes, ferro, fósforo, vitamina A e potássio. Além disso, contém também um elevado teor em colesterol, 240 mg por ovo aproximadamente.

A relação que existe entre o ovo e o colesterol
Durante muitos anos relacionou-se o ovo com o colesterol, e por esta razão a Associação Americana do Coração limitou, em 1973, o seu consumo a 3 ovos por semana como máximo, a fim de proteger a saúde cardiovascular.
Atualmente têm vindo a aparecer mais estudos científicos que apoiam a ideia de que o colesterol contido no ovo quase não afeta aos níveis do nosso colesterol no sangue, por isso hoje desmitificamos a relação que existe entre o consumo de ovo e o colesterol.

Sempre estiveram ligados e, de facto, a primeira pauta alimentar que se aplicava a uma pessoa com colesterolemia era proibir-lhe o consumo de ovos, ou pelo menos a sua gema (onde se encontra todo o seu colesterol).
Mas a verdade é que os causadores do aumento dos níveis de colesterol no sangue são as gorduras saturadas e as trans. Por isso, abster-se do consumo deste tipo de gorduras traz mais benefícios para a saúde cardiovascular que reduzir o consumo de colesterol na dieta.
Numerosos estudos já desmitificaram a falsa relação que existe entre o ovo e o colesterol, afirmando que a ingestão de um ovo por dia não é prejudicial para a saúde cardiovascular nem aumenta os níveis de colesterol no sangue. Devido a estes estudos, numerosas sociedades científicas viram-se na obrigação de alterar as suas recomendações dietéticas em relação ao consumo de ovos.
Por outro lado, cabe destacar que o ovo contém compostos como ácidos gordos insaturados, antioxidantes (carotenoides, vitamina E, selénio), fosfolípidos (lecitina e esfingomielina), vitaminas do complexo B e folato que contribuem para contrabalançar o possível efeito negativo que provoca o consumo de colesterol.

Acabas de ver que a relação entre o ovo e o colesterol é um mero mito urbano espalhado que vem de anos atrás. Hoje em dia o recomendável é levar uma dieta variada e equilibrada, incluindo o ovo na alimentação diária e restringindo todos aqueles alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, como por exemplo os bolos industriais.

Biólogo espicialista em Nutrição, Dietética e Cuidado Personal.
O nosso biólogo especialista em nutrição e fitoterapia, brilha pela sua natureza curiosa e não conformista. Tem licenciaturas da Universidade Complutense de Madrid, Universidade de Valencia, Universidade Rey Juan Carlos, Universidade Antonio de Nebrija e ESIC. Alberto mantém sempre o foco na investigação, desenvolvimento e inovação na indústria farmacêutica e alimentar para estar na vanguarda do sector.