A gordura de palma é um óleo de origem vegetal que se obtém do mesocarpio do fruto da palmeira Elaeis guineensis, originária da África e América do Sul. O fruto da palmeira é ligeiramente avermelhado, tal como o óleo sem refinar. É um dos óleos com maior volume de produção e segundo o FAO é um dos óleos mais utilizados em todo o mundo.
O fruto da palmeira emprega-se para extrair tanto o óleo de palma como o da sua amêndoa. Diferenciam-se na parte do fruto da que são extraídas. O óleo da sua amêndoa extrai-se da parte interior (endospermo da semente) e o óleo de palma se extrai do mesocarpio, isto é, da capa fibrosa e comestível. O óleo da sua amêndoa apresenta diferentes composições, é mais saturado, contém até 86% de ácidos gordos saturados, perante o 50% aproximado do óleo de palma.
Composição Óleo de palma: |
40-48% ácidos gordos saturados (principalmente palmítico). |
37-46% ácidos gordos monoinstaurados (principalmente oleico). |
10% ácidos gordos polinsaturados. |
A diferença de outros óleos vegetais, é uma gordura sólida a temperatura ambiente, razão pela qual é denominada gordura e não óleo, esta é uma das principais característica pelo que esta gordura tem grande demanda no mercado. Só com temperaturas acima dos 35 C° torna-se líquida.
Segundo os dados da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE), na União Europeia cada pessoa consome de média 59,3 quilos anuais de óleo de palma.
Para obter o óleo de palma em bruto, utilizam-se processos mecânicos sobre o fruto (mesocarpio) da palmeira, obtendo-se assim um óleo que sem refinar é de cor laranja avermelhada devido ao seu elevado teor de carotenos: beta caroteno (provitamina), alfa-caroteno e licopeno. O seu consumo fresco está associado à benefícios à saúde, devido à concentração de vitamina A e vitamina E. Na elaboração do óleo de palma refinado, utilizam-se dissolventes químicos que aumentam assim o rendimento da extração, e posteriormente o óleo é refinado para ser apto para o consumo humano. O óleo de palma refinado, desodorizado e branqueado, muda de cor, de cheiro e de sabor. Durante estes processos se elimina o pó, a humidade e as impurezas, mas também perde-se vitamina A e outros carotenos.
A acidez do óleo de palma é como máximo de 2 graus e se rança menos do que os óleos tradicionais.
No ano de 2008 criou-se um certificado para promover a produção sustentável do óleo de palma (Roundtable on Sustainable Palm Oil (RSPO)). Este certificado baseia-se em oito princípios e 39 critérios que se devem cumprir: intensificação das atuais plantações ecológicas, conservação da biodiversidade, respeito das comunidades locais, assim como o regulamento relativo à aquisição de terras… No entanto, hoje em dia há ainda bastantes controvérsias em quanto ao impacto social e ambiental da sua produção.
O óleo de palma converteu-se num dos óleos vegetais mais consumido do mundo. O seu uso é mais aplicado na culinária, bem diretamente como óleo para fritar ou mais comummente no nosso pais, como a gordura de preferência a nível industrial:
- Em cremes e coberturas: é ideal para manter e armazenar coberturas de chocolate, devido à que se derrete a maior temperatura do que o chocolate, além de ser bastante mais económico do que a manteiga de cacau, mas também importa referir que na boca funde-se pior, porém a sua qualidade não é a mesma.
- Em produtos para untar como cremes de cacau ou margarinas, já que devido à sua elevada quantidade de gorduras saturadas, apresenta uma textura ideal, facilitando o processo de untar.
- Pré-cozidos: ao rançar-se menos do que outros óleos e ao ser mais económicos, ganha maior importância para a elaboração de muitos pratos de comidas preparadas.
- Snacks, pasteis, bolachas, tostas ou confeitaria industrial, e chips, principalmente como substituto das gorduras hidrogenadas, já que estes tipos de gorduras são líquidas na sua origem e devem sofrer um processo de “hidrogenação química” para converter-se em gorduras sólidas e poder ser empregadas na indústria, mas resultam pouco cardiosaudáveis, além de mais caras após os processos industriais que devem sofrer. Também, o óleo de palma aguenta mais frituras do que outras gorduras.
- É amplamente usado na indústria devido ao seu valor calórico para a alimentação animal, especialmente para o bovino.
- Na indústria cosmética, devido ao seu poder untuoso e a sua consistência sólida à temperatura ambiente, é uma base ótima para muitos produtos de beleza e cremes corporais.
- Produtos de limpeza, é uma parte chave da fórmula de sabões e detergentes pelas suas propriedades tensoativas, alternativa à cera ou à parafina, assim como para fabricar velas.
- Na produção de biodiesel.

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