Os fruto-oligossacarídeos, oligofrutose, oligofrutanos ou FOS são oligossacarídos lineais formados por unidades de frutose unidos por ligações β(2→1). Pertencem à um grupo mais amplo denominado frutanos onde se englobam além dos FOS, a inulina e a oligofrutose, todas elas formadas pela união de frutose em ligações β(2→1), embora possam conter também uma molécula de glicose inicial, de modos que os frutanos podem ter a fórmula Glu-Frun ou Frun.
A oligofrutose e os fruto-oligossacarídeos são moléculas pequenas, de menos de 10 moléculas de frutose unidas por ligações β(2→1). Ambas as substâncias são muito parecidas, mas diferenciam-se na sua origem: a oligofrutose provém da hidrólise da inulina enquanto os FOS provêm da modificação da sacarose com enzimas microbianas (transfrutosilação).
O corpo humano carece das enzimas necessárias para degradar as ligações β(2→1) entre as moléculas de frutose, de modos que os frutanos são considerados fibra alimentar. Os FOS capturam as moléculas de água aumentando o volume do bolo intestinal e acelerando o trânsito intestinal. Apesar de não serem digeridos pelas enzimas digestivas humanas, sim podem ser fermentadas pelas bactérias da flora intestinal do intestino grosso e do cólon, considerando-se também substâncias prebióticas.
Os frutanos mais pequenos como a oligofrutose ou os FOS são metabolizados pelas bactérias colónias (Bifidobacterias e Lactobacilos), principalmente no início do intestino grosso, esta fermentação produz grandes quantidades de ácido láctico e ácidos gordos de cadeia curta ácido acético, propiónico e butírico reduzindo o pH do entorno intestinal e inibindo o crescimento de bactérias patógenas como a E. coli, Clostridium, Listeria, Shigella ou Salmonella.
Podemos encontrar FOS em diferentes frutas, vegetais e cereais destacando pela sua elevada concentração a banana, cebola, alho, espargos, cevada, trigo, papa de Jerusalém e ou batata de yacon.
Benefícios da sua contribuição
Substituto do açúcar.
A função principal dos FOS é a de servir como substituto do açúcar, proporcionam sabor doce (têm 30-50% de poder edulcorante da sacarose) mas um conteúdo calórico menor, já que os FOS não são hidrolisados à monossacarídeos no intestino delgado humano. Importa referir que o seu valor calórico não é zero, já que os produtos derivados da fermentação proporcionam um pequeno teor calórico.
Sistema digestivo.
Os FOS não são degradados e é no início do intestino grosso onde servem de nutriente às bactérias probióticas, contribuindo assim para o equilíbrio da flora intestinal, aumentando a biomassa bacteriana e melhorando o trânsito intestinal.
Os produtos derivados da fermentação dos FOS servem como fonte de energia para às células do cólon, estimulando a sua saúde.
A redução do pH como consequência da produção de ácidos orgânicos, melhora a absorção de nutrientes como o cobre ou o magnésio.
Os frutanos, incluídos os FOS, atuam como fibra dietética, contribuindo para manter o trânsito intestinal normal e ajudando a modular a absorção da glicose e gordura.
Dosagem
As recomendações do consumo de frutanos, inulina e oligofrutose na Europa é de 3-11 gramas ao dia.
Precauções
Os FOS, tal como a inulina e a oligofrutose, são considerados ingredientes GRAS pelo FDA (Geralmente reconhecido como seguro). No entanto, valores acima de 30 gramas ao dia costumam gerar transtornos gastrointestinais como diarreia ou gases. Os fruto-oligossacarídos fermentam-se principalmente no início do intestino grosso, gerando maior teor de gases do que outros frutanos como a inulina. Em caso de gases, recomenda-se diminuir a dose a ingerir de forma individual, já que normalmente pode-se ingerir entre 5 e 10 gramas de FOS sem experimentar flatulências.
A União Europeia aprovou o emprego de FOS na alimentação humana, além disso, permite adicionar FOS em quantidades controladas na alimentação infantil. Desde 1999 foram vendidas na Comunidade Europeia as fórmulas alimentares para bebés com FOS.

Equipa de nutrição
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